Eficiência energética é conseguir o melhor desempenho de tudo aquilo que consome energia elétrica, com o mínimo de dispêndios possíveis. Imagine um motor elétrico com rendimento de 100%. Isto significa que tudo que ele recebe de energia elétrica é convertido em potência no eixo (CV). Sabemos que esse motor não é real, pois existem, no mínimo, perdas mecânicas, e aumento da temperatura, no entanto, lidamos com isso, e objetivamos ter o mínimo de perdas, convertendo o máximo de energia em potência mecânica. Dizemos então, que um motor é tão eficiente, quanto menos perdas ele tiver, e mais aproveitamento fornecer.

Se não está tão claro com motores, vamos imaginar algo mais banal: uma geladeira. A geladeira mais eficiente é aquela que mantém a temperatura desejada, digamos 2°C, consumindo o mínimo de energia. E aproveitando que falamos em geladeira, você em algum lugar já deve ter visto isso:

Eficiência Energética

Este é o selo PROCEL, presente em equipamentos, eletrodomésticos, edificações entre outros bens e serviços.  O Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica foi instituído em 1985 com o intuito de promover o uso eficiente da energia elétrica e combater o seu desperdício. Já não é uma novidade.

Voltando a nossa geladeira, se ela for classificada como “C”, por exemplo, pode ter certeza que existe uma geladeira “B”, ou “A”, mais eficiente, que mantém os mesmos 2°C, gastando menos energia, e aliviando a conta de energia. E ah! obviamente mais nova….. e provavelmente mais cara ?.

Entender o que é eficiência energética é imprescindível para identificar oportunidades de otimização de consumo, logos custos, e tendo em vista que ainda não possuímos uma geração plenamente sustentável de energia, contribuímos com o meio ambiente.

QUAIS OS BENEFÍCIOS DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA?

O maior e mais latente benefício da eficiência energética está na redução dos custos com energia elétrica, pois, à medida que tornamos nossas empresas, casas, ou sistemas em geral, mais eficientes, há menos desperdícios, tornando o consumo otimizado. Neste caso, consome-se o necessário para garantir a operação e economizamos dinheiro. Isso alivia o bolso, e no caso das empresas, indústrias e etc., aumenta a competitividade.

Eficiência Energética

Como segundo benefício, ainda como um reflexo natural, temos a redução no impacto ambiental, pois em muitos casos, ainda há um custo ambiental para a geração. Uma hidrelétrica precisa de barragens, reservatórios, e etc., e a criação disto, altera ecossistemas, varrendo muitas vezes uma região. Uma termelétrica libera gases que contribuem com o efeito estufa, como óxidos e dióxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, monóxido e dióxido de carbono, entre outros gases e particulados. Até mesmo uma usina eólica, dita limpa, tem como reflexo a alteração de ecossistemas pois podem afetar a migração de aves, por exemplo.

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Tendo claro o impacto ambiental, atualmente possuímos órgãos certificadores que atestam selos de sustentabilidade a instituições engajadas com a eficiência energética e processos de melhoria contínua, e isso além do PROCEL. O Instituto Chico Mendes, por exemplo, também é um deles, que fornece o selo através do seu Programa de Certificação pelo Compromisso com a Responsabilidade Socioambiental. Note que além de ajudar a natureza, trata-se de um diferencial notável que chama a atenção de consumidores, investidores, imprensa, e da sociedade em geral. Eis um benefício mútuo.

Por fim, ainda temos um benefício menos visível no nosso dia a dia, mas de fácil compreensão: a diminuição da demanda. Melhorar a eficiência contribui para diminuir a necessidade de geração de energia, logo, diminui-se a demanda. Vivemos em constante aumento da demanda (necessidade de consumo) de energia elétrica. Cada vez mais pessoas, cada vez mais dispositivos, mais indústrias, e cada vez maior o consumo. Então, esta elevação obriga a aumentar a ampliação da geração, e voltamos ao impacto ambiental. Trata-se de uma reação em cadeia. Abaixo, para exemplificar o constante aumento, temos o gráfico da carga média anual de energia do SIN e incremento anual por subsistema (MW médios) previstos no Plano da Operação Energética da ONS, que mesmo mesmo considerando tempos de pandemia, previa-se aumento.

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Eficiência energética traz benefícios financeiros diretos e rápidos e traz benefícios a longo prazo em questões que vão além de cada pessoa. Não há motivo plausível para não atentar-se a eficiência, gerindo de forma adequada o consumo.

COMO MELHORAR A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA?

Como diz a máxima: “O que não é medido não pode ser gerenciado”, temos aqui um passo importante para otimizar o consumo de energia: A MEDIÇÃO.

Para uma gestão de energia adequada, é de extrema importância que sejam armazenadas informações importantes a respeito do consumo de energia. Com elas podemos analisar comportamento, tendências em função de análises de históricos, ajustar contratos, e estimar uma meta inicial de redução. Coletar informações é o primeiro passo para Gestão de Energia.

Para nossa alegria, a gestão de energia é alvo de estudos a muito tempo, e tem na ISO 50001, um método internacional para otimização deste recurso, com base em sistemas de gestão de energia. Mas não se preocupe! em breve falaremos somente sobre esta ISO!

 Inicialmente, todos temos o pontapé de medição inicial: as faturas de energia.

A conta de energia por si só já é uma medição, e ela pode nos ajudar, e muito, a entender nosso perfil de consumo global, e como vem nosso desempenho energético. A partir dela, damos o primeiro passo: avaliar excedentes, e a contratação e adequação de contratos. Só aqui, na maioria dos casos em clientes de grande porte, já temos algumas oportunidades de redução, principalmente no controle de excedentes reativos (que é um custo indesejado e pode ser eliminado da fatura), e na adequação/controle da demanda, que também é um custo elevado, e pode ser otimizado.

Infelizmente, a conta de energia é uma medição “tardia”, pois quando avaliamos os custos, eles de fato já aconteceram, então partimos de um sistema de gestão que reage a uma fatura, para um sistema on-line de monitoramento, com equipamentos dedicados a monitorar em tempo real os consumos, identificando anomalias, e permitindo ações em tempo de ocorrência, que não permitam ultrapassagens e excedentes.

Para exemplificar, em termos de custos com demanda contratada, basta um deslize de 15 minutos, no mês, para que valores exorbitantes habitem a fatura na janela de faturamento. A demanda é cobrada como sendo o maior valor medido no mês.

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Evoluindo nosso sistema, aumentamos nosso nível de medição, permitindo comparações. Saber quem são nossos consumidores (cargas, setores, máquinas e etc) ideais, permite elegermos nosso ponto ótimo de consumo, tomando ações de manutenção, troca, ajustes, adequação de processo e etc.

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A partir do mapeamento dos consumos, são possíveis inúmeras ações de redução como: trocas de cargas ineficientes por de melhor rendimento, ajustes de parâmetros, ações de conscientização, entre outras possíveis. E tudo isso com um payback claro, ou seja, uma estimativa assertiva de investimento e retorno.

É conhecido que trocar lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED reduz o consumo de energia, no entanto, tendo um valor de investimento inicial, iluminação é o principal vilão? Com base no princípio de pareto, qual a ação que vai gerar maior impacto na eficiência?

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É aqui que precisamos de sistemas e medidores que forneçam dados para apoio às decisões. E é aqui que reside a chave do sucesso para um processo de melhoria contínua, e não estanque.

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